martes, 9 de diciembre de 2008

Pérdida de anclaje en Straight-Wire y Edgewise


Avaliação da perda de ancoragem nas técnicas
Straight-Wire e Edgewise, em casos de extração
de primeiros pré-molares

Resumo
Este estudo avaliou o posicionamento ântero–posterior de coroa e raiz dos primeiros molares inferiores durante o tratamento ortodôntico, utilizando o arco lingual ou a PLA como acessório de ancoragem na técnica Straight-Wire, em comparação com casos tratados pela técnica Edgewise, sem a utilização do arco lingual. Dois grupos foram selecionados, ambos apresentando má-oclusão de Classe I, tratados com extração dos primeiros pré-molares superiores e inferiores. Foi utilizada uma amostra de 255 telerradiografias em norma lateral, de pacientes brasileiros, do sexo feminino e masculino, com média de idade de 13 anos e seis meses e com diferentes padrões de crescimento facial. Os reultados obtidos permitiram concluir que: 1. Do início do tratamento ao fim da fase de nivelamento, a perda de ancoragem coronária do primeiro molar inferior foi maior nos casos tratados com a técnica Straight-Wire; 2. Do fim da fase de nivelamento ao fim do tratamento, a perda de ancoragem coronária e radicular do primeiro molar inferior foi maior na técnica Edgewise; 3. Do início ao fim tratamento a perda de ancoragem radicular foi maior nos pacientes tratados com a técnica Edgewise.


Introdução
A literatura registra que Angle3 (1907) foi um dos pioneiros
nos estudos sobre ancoragem, e que Tweed26 (1936),
considerando a necessidade de extrações dentárias para
melhor harmonização entre bases ósseas e dentes, realizou
modificações na mecânica da técnica Edgewise, incluindo o
preparo de ancoragem. Nesta época, tornou-se ainda maior
a preocupação com a ancoragem para que os espaços obtidos
com as extrações fossem corretamente utilizados no
posicionamento dos dentes anteriores, resultando em perfis
harmoniosos.
Com o surgimento dos aparelhos pré-ajustados, graças
ao pioneirismo de Andrews2 (1976), e posteriores prescrições
propostas por diferentes autores9,14, ressurgiu a preocupação
com o controle de ancoragem.
De acordo com Roth22 (1976) ao apresentar suas modificações
no aparelho de Andrews, relatou que a aceitação das
facilidades técnicas propostas pelo novo aparelho por parte
dos ortodontistas foi imediata; entretanto, pesquisas científicas
comprovando a eficiência dos procedimentos biomecânicos,
especificamente em relação ao controle de ancoragem nos
casos tratados, ainda eram escassas.

Revisão da Literatura
Desde 1907, Angle3 descreveu cinco tipos distintos de
ancoragem: simples, estacionária, recíproca, intermaxilar e
occipital, sendo que a estacionária significava uma situação
de rigidez dos elementos de resistência. Ricketts et al20 (1983)
consideraram a variação da ancoragem em: máxima, quando
não se permite que os molares se desloquem anteriormente,
e mínima, na qual os molares podem assumir todo o espaço
da extração.
Angle3 (1907), obteve o controle tridimensional da movimentação
dentária e, ainda hoje, as técnicas mais modernas
respeitam os seus princípios básicos, com a utilização de arco
retangular, que promove este controle. Por outro lado, Begg4
(1956), assim como Kesling12 (1989), embasados no conceito
de forças leves e contínuas, desenvolveram técnicas aplicando
o conceito de ancoragem diferencial, com base na eficiência
da ancoragem estacionária de Angle3 (1907). Entretanto, este
conceito implicava no possível movimento dos dentes de
resistência. A ancoragem extrabucal representava, até então,
o exemplo de ancoragem ideal.
Tweed26 (1936), insatisfeito com seus resultados clínicos,
admitiu a possibilidade de extrações dos primeiros pré-molares
superiores e inferiores em seu planejamento ortodôntico.
Passou então a defender a necessidade do posicionamento dos
dentes em suas inclinações axiais corretas, revolucionando a
Ortodontia da época. Tweed27 (1941) idealizou, ainda, o preparo
de ancoragem inferior que posiciona os dentes de resistência
em uma situação mecanicamente favorável. Isso consiste
na inclinação das coroas dos dentes posteriores inferiores
para distal, sem que ocorra mesialização das raízes. Esses
movimentos dentários são obtidos por meio da incorporação
de dobras distais progressivas no arco ortodôntico inferior,
associadas ao uso de elásticos de Classe III. Para Holdaway10
(1952) o preparo de ancoragem seria obtido simultaneamente
à fase de nivelamento, com a angulação distoclusal dos braquetes
e dos tubos dos dentes posteriores. Ricketts18 (1976),
em sua técnica bioprogressiva, preconizou a movimentação
das raízes em direção ao osso cortical como forma de ancoragem.
Nance16 (1947) sugeriu que o arco lingual mantém
o perímetro do arco. Entretanto, Vigorito, Moresca30 (2002)
consideraram o arco lingual fixo como insatisfatório recurso
de ancoragem durante a fase de nivelamento, provavelmente
pela utilização de arcos retangulares termoativados.
Um outro recurso de ancoragem preconizado por
Renfroe17 (1956) foi a placa lábio-ativa, com a finalidade
de estabilizar os molares inferiores ou até distalizá-los por
meio da força da musculatura peribucal. Esse acessório foi
considerado um meio eficaz para impedir a mesialização
dos molares inferiores de acordo com Frediani, Scanavini7
(1981); Vigorito29 (1986); Bennett, McLaughlin5 (1990);
Almeida et al1 (1991).
Com o advento do aparelho pré-ajustado houve uma
transição da técnica Edgewise para técnica Straight-Wire,
e uma das primeiras diferenças que se tornaram aparentes
foi o controle de ancoragem. A mecânica de deslizamento,
para retração dos dentes anteriores, passou a ser adotada
(Andrews2, 1976; McLaughlin, Bennett14, 1989). Para tanto,
há uma força de resistência em conseqüência do atrito entre
o arco e o braquete. Para vencer essa resistência, forças
excessivas podem ser transmitidas aos dentes de ancoragem,
induzindo o movimento mesial dos dentes posteriores
(Taylor, Ison25, 1996).
Roth24 (1997), para diminuir a perda de ancoragem,
recomendou que as extrações fossem feitas antes do início
do nivelamento, para evitar maior vestibularização dos dentes
e permitir a ocupação parcial dos espaços das extrações
pelos caninos.

Proposição
A proposta deste trabalho foi comparar a perda de ancoragem
inferior nas técnicas Edgewise e Straight-Wire, por meio
da posição ântero-posterior dos primeiros molares inferiores,
nas diferentes fases de tratamento: do início do tratamento ao
fim da fase de nivelamento, do fim da fase de nivelamento ao
fim do tratamento, e do início ao fim do tratamento.

Material e Método
A amostra constituiu-se de 255 telerradiografias cefalométricas
laterais, obtidas de pacientes brasileiros, com
má-oclusão de Classe I de Angle3 (1907) e diferentes padrões
de crescimento facial, apresentando dentição permanente,
sem considerar a presença dos terceiros molares. Todos os
pacientes receberam tratamento ortodôntico com extrações
dos primeiros pré-molares superiores e inferiores no curso de
Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia da Universidade
Metodista de São Paulo - Umesp.
Foram selecionadas inicialmente 40 documentações de
pacientes tratados com a técnica Edgewise, denominados
Grupo 1 e 45 com a técnica Straight-Wire, prescrição Roth23
(1987), denominados Grupo 2. De cada documentação
foram selecionadas as telerradiografias das seguintes fases
do tratamento: inicial, final de nivelamento e final de tratamento,
totalizando 255 telerradiografias, sendo 147 obtidas
de pacientes do sexo feminino e 108 de pacientes do sexo
masculino. O tempo médio de tratamento ortodôntico foi de
três anos e seis meses para os pacientes tratados com a técnica
Straight-Wire e três anos e quatro meses para os tratados com
a técnica Edgewise.
No Grupo 1, os aparelhos utilizados possuíam acessórios
com canaletas nas dimensões 0.018” x 0.028”, da marca 3M
Unitek, sem angulação e sem torque incorporados em sua
base, padrão Edgewise Standard, modelo mini dyna-lock.
Com a finalidade de promover o preparo de ancoragem
preconizado pela técnica, foram feitos os degraus distais (tip
back) no arco. A placa lábio-ativa (PLA) também foi utilizada
como recurso para preservar a ancoragem no arco inferior. No
Grupo 2, utilizou-se aparelhos de prescrição Roth23 (1987),
com acessórios da marca 3M Unitek, modelo Gemini, de
canaletas nas dimensões 0.022” x 0.028”, com torques e
angulações em suas bases. A esses pacientes foi adaptado o
arco lingual fixo, soldado as bandas dos primeiros molares
inferiores ou adaptada uma placa lábio-ativa e bandagem
nos segundos molares inferiores, como recurso para manter
a ancoragem inferior.
Para a realização do estudo cefalométrico utilizou-se
o programa Radiocef Studio28 (2000). As grandezas cefalométricas
utilizadas no estudo encontram-se ilustradas
na Figura 1. Na análise das alterações do posicionamento
dentário foram utilizadas as seguintes grandezas cefalométricas,
angulares e lineares, relacionadas com os primeiros
molares inferiores: ângulo Alfa (α): indica a inclinação
mesiodistal do primeiro molar inferior em relação ao plano
mandibular; distâncias: D6–K6 e R6–T6. Os tempos de
medição caracterizam as fases: inicial, final de nivelamento
e final de tratamento.
Para a verificação do erro do método, novos traçados
e remedições de 51 radiografias da amostra, aleatoriamente
escolhidas, foram executados três meses após a primeira
medição, representando 20% do tamanho da amostra.
Com o objetivo de verificar o erro sistemático intra-examinador
foi utilizado o teste “t” pareado. Na determinação
do erro casual utilizou-se o cálculo de erro proposto por
Dahlberg.
Para obtenção dos dados estatísticos, os pacientes foram
divididos de acordo com o índice Vert de Ricketts19 (1982) e
com o sexo. Na comparação das variações entre as três fases
de tratamento de um mesmo grupo (Técnica) de pacientes,
foi empregada a Análise de Variância a um critério para
medidas repetidas. Quando esta indicou diferença estatisticamente
significante foi utilizado o teste de Tukey para as
comparações múltiplas. Para verificar se a variação entre as
fases foi diferente, dependendo do grupo (técnicas Edgewise
e Straight-Wire), do padrão Vert19 (1982) (Dólico e Meso) e
do sexo (masculino e feminino), foi utilizada a Análise de
Variância a três critérios. Em todos os testes estatísticos foi
adotado nível de significância de 5%.

Resultados e Discussão
A perda de ancoragem foi avaliada no primeiro molar
inferior, com medições angulares e lineares. Foi avaliada
linearmente pela medida D6-K6. O Gráfico 1 evidencia que
a movimentação da coroa do molar inferior ocorreu de forma
diferente entre as técnicas. Na técnica Edgewise do início
ao final do nivelamento, a coroa do molar manteve-se mais
estável do que na técnica Straight-Wire, onde se observa maior
perda de ancoragem da coroa do molar nesta fase do tratamento.
Em ambas as técnicas houve, ao final do tratamento, perda
de ancoragem coronária do molar; porém, a diferença entre
as fases em que ocorreu a mesialização está provavelmente
fundamentada no preparo de ancoragem, realizado conforme
preconizado por Tweed27 (1941).
A posição da raiz do molar inferior foi avaliada linearmente
pela medida R6-T6. O Gráfico 2 evidencia que a
movimentação da raiz do molar inferior ocorreu de forma
semelhante entre as técnicas, sendo que, na de Edgewise,
a raiz do molar, no final do tratamento encontrou-se mais
mesializada que na técnica Straight-Wire.
Rizzatto21 (1977), em seu estudo, observou de modo
geral, que a perda de ancoragem foi maior na raiz do que na
coroa, encontrando correlação positiva entre a perda de ancoragem
nas raízes e coroas dos primeiros molares inferiores
na técnica Edgewise.
A inclinação mesiodistal do primeiro molar inferior em
relação ao plano mandibular foi avaliada pelo ângulo Alfa.
Este ângulo, na técnica Edgewise, variou com significância
estatística somente da fase inicial para o final de tratamento.
Na técnica Straight-Wire não ocorreu variação significante
entre as fases de tratamento. O Gráfico 3 evidencia a pequena
trajetória angular, sem significância, do molar inferior na
técnica Straight-Wire, e, na técnica Edgewise, a modificação
gradual da inclinação do molar inferior do início ao final do
tratamento ortodôntico.
Essa diferença de variação entre as fases de tratamento do
posicionamento angular do primeiro molar inferior pode se dar
primeiramente em função do preparo de ancoragem realizado
na técnica Edgewise e podemos atribuí-la, também, ao uso da
placa lábio-ativa como recurso de ancoragem utilizado nessa
técnica. Frediani, Scanavini7 (1981); Freitas8 (1982) avaliaram
o efeito do uso da placa lábio-ativa na técnica Edgewise e
concluíram que ocorreu inclinação distal da coroa do primeiro
molar inferior, concomitantemente a mesialização das raízes,
favorecendo, desta forma, a modificação gradual do ângulo
alfa ao longo do tratamento. Na técnica Straight-Wire o recurso
de ancoragem utilizado foi o arco lingual sugerido por
Nance16 (1947), visando manter o perímetro do arco, assim
como a migração para mesial dos molares inferiores. Esse
posicionamento angular pode ocorrer associado à prescrição
dos acessórios Straight-Wire, resultado da incorporação do
conceito de sobrecorreção preconizado por Roth23 (1987).
deste estudo, observou a perda de ancoragem da coroa do
primeiro molar inferior no grupo de pacientes tratados com
a técnica Straight-Wire durante a fase de nivelamento.
Considerando que a perda de ancoragem é mais intensa
durante a fase de retração, no período entre a etapa final de
tratamento e final de nivelamento seriam esperados valores
maiores com relação ao deslocamento do primeiro molar inferior
para mesial ao término do tratamento. Nesta pesquisa,
entre as etapas final de nivelamento e final de tratamento, as
variações da medida D6-K6, e as variações da medida R6-
T6, mostraram diferença estatisticamente significante entre
os grupos (técnicas Edgewise e Straight-Wire), conforme
demonstrado na Tabela 2. Ao se analisar as diferenças entre
as variações médias obtidas para as medidas D6-K6 e R6-T6
Esses resultados se assemelham aos obtidos por Missaka15
(2000), que observou o deslocamento do primeiro molar
inferior para mesial em casos tratados com extração de primeiros
pré-molares, com a técnica Straight-Wire; entretanto,
a perda de ancoragem foi observada do início ao término do
tratamento. Marzari13 (1998), utilizando a mesma metodologia
deste estudo, observou a perda de ancoragem da coroa do
primeiro molar inferior no grupo de pacientes tratados com
a técnica Straight-Wire durante a fase de nivelamento.

Considerando que a perda de ancoragem é mais intensa
durante a fase de retração, no período entre a etapa final de
tratamento e final de nivelamento seriam esperados valores
maiores com relação ao deslocamento do primeiro molar inferior
para mesial ao término do tratamento. Nesta pesquisa,
entre as etapas final de nivelamento e final de tratamento, as
variações da medida D6-K6, e as variações da medida R6-
T6, mostraram diferença estatisticamente significante entre
os grupos (técnicas Edgewise e Straight-Wire), conforme
demonstrado na Tabela 2. Ao se analisar as diferenças entre
as variações médias obtidas para as medidas D6-K6 e R6-T6
na técnica Edgewise e comparar com as mesmas grandezas
na técnica Straight-Wire, respectivamente, verifica-se o deslocamento
para mesial da coroa e da raiz do primeiro molar
inferior significantemente maior na técnica Edgewise. Este
resultado encontra-se também ilustrado no Gráfico 5

No período entre a etapa final de tratamento e inicial,
apenas a grandeza R6-T6, que traduz clinicamente a perda de
ancoragem radicular do primeiro molar inferior, demonstrou
no fator grupo (técnicas Edgewise e Straight-Wire) diferença
estatisticamente significante, conforme se vê na Tabela 3. O
ápice radicular, na técnica Edgewise, apresentou nesta etapa
uma maior variação da perda de ancoragem, estatisticamente
significante em comparação com os pacientes que foram
tratados com a técnica Straight-Wire. O Gráfico 6 também
ilustra esses resultados

Rizzatto21 (1977); Cipriano, Vigorito6 (1991); Kattner,
Schneider11 (1993) também observaram a perda de ancoragem
do primeiro molar inferior do início ao término do tratamento
ortodôntico. A avaliação da influência dos diferentes padrões
faciais na perda de ancoragem nas técnicas Edgewise e Straight-
Wire passou a ser, a partir dos resultados encontrados, um
novo alvo de estudo, considerando-se o aumento do número
dos indivíduos nestes grupos.
Conclusão
Os resultados permitiram concluir que: 1. Do início do
tratamento ao fim da fase de nivelamento, a perda de ancoragem
coronária do primeiro molar inferior foi maior nos
casos tratados com a técnica Straight-Wire; 2. Do fim da fase
de nivelamento ao fim do tratamento, a perda de ancoragem
coronária e radicular do primeiro molar inferior foi maior na
técnica Edgewise; 3. Do início ao fim tratamento a perda de
ancoragem radicular foi maior nos pacientes tratados com a
técnica Edgewise.

martes, 2 de diciembre de 2008

Confeccion y Usos de ansas en ortodoncia


Confección y uso de ansas en ortodoncia


Las ansas o resortes en los arcos de alambre para mover los dientes en forma individual o colectiva no es reciente en ortodoncia. Se han utilizado desde 1940 para almacenar fuerzas o reducir, en forma crítica, las producidas por los alambres al cambiar su comportamiento en la curva carga/deflexión.


Un ansa
Es un resorte o espiral confeccionado en un alambre. Dependiendo de la forma geométrica y de la cantidad de alambre, involucrado en su fabricación, se alteran las propiedades elásticas, las vuelve más flexibles, con más rango de trabajo y producen menos fuerzas
Las ansas deben producir una fuerza continua, pero controlada, con un margen de seguridad preciso para que autolimiten su función después de un tiempo y no produzcan daños permanentes en los dientes y en los tejidos de soporte.


Elementos que forman un ansa
Está constituida por una base conectora, que puede ser de sección curva, recta con una semicir-cunferencia simple o una espiral sencilla o doble y dos brazos verticales paralelos.


a) La base
Puede ser en forma recta o curva. Cuando se quiere aumentar el rango de trabajo y darle flexibilidad se amplía y se le adicionan espirales. Un incremento de dos o tres milímetros en el ancho reduce la rigidez del resorte en un 15%


b) Los brazos
La extensión de los brazos, que son paralelos en la mayoría de los casos, determina la magnitud de la fuerza que producen los resortes; mientras más largos sean menos fuerza producen. Las alturas oscilan entre cinco y siete milímetros. Un aumento de dos milímetros en la altura disminuye la fuerza en un 50%. Una limitación la constituye la profundidad del surco yugal, lo que obliga a confeccionar más espirales, para bajar los niveles de fuerza deseados por el clínico


Las ansas horizontales

Los elementos horizontales confeccionados en las ansas les dan un rango amplio de trabajo, elasticidad, memoria. La acción mecánica se expresa en el plano vertical


Las ansas verticales
Los elementos verticales confeccionados en las ansas le dan un rango amplio de trabajo, elasticidad, memoria. La acción mecánica se expresa en el plano horizontal
Las ansas cerradas y abiertas
Las ansas cerradas tienen la misma proporción momento y fuerza que las abiertas del mismo diseño. Las cerradas reducen la pendiente de la curva carga/deflexión y necesitan menor fuerza de activación
La activación y desactivación de las ansas
La activación deforma, temporalmente, las ansas permitiendo que se comporten como resortes o como elementos muy elásticos. Se debe tratar de mantener la misma proporción de momento y fuerza cuando se carga o se activa y cuando se descarga o se desactiva, para controlar el movimiento de los dientes y evitar efectos secundarios de inclinación


El diseño de las ansas
El diseño y la configuración inciden, en forma directa, en el desempeño mecánico.

Se deben tener en cuenta los siguientes aspectos:
- La forma geométrica.
- El calibre del alambre.
- Lo cerrada o lo abierta que sea.
- El módulo de elasticidad o material de fabricación del alambre.
- La longitud del alambre.
- La altura de los brazos.
- La amplitud de la base.
- La cantidad de espirales.


Las formas geométricas
1. Las ansas horizontales.
Se emplean en discrepancias de primer orden, como las rotaciones bucolinguales.
2. Las ansas verticales.
Se emplean para mover los dientes en sentido mesiodistal y para la corrección de rotaciones.


Limitaciones
- Tienen rangos de activación muy restringidos.
- La proporción de momento y fuerza que producen está por debajo del ideal para movimientos en cuerpo de los dientes.



Factores que influyen en las fuerzas producidas por las ansas
La fuerza producida por un ansa vertical de acero inoxidable de 0.017 x 0.025, de siete milímetros de alta, activada un milímetro, es de, aproximadamente, 250 gramos.



Efectos de las espirales sobre la respuesta de los alambres en la curva carga/deflexión
La incorporación de espirales simples reduce, en forma significativa, la magnitud de la fuerza producida por el resorte e incrementa el rango de trabajo en un 60% (pasa de 1 a 1.6 mm). Las espirales laterales reducen la proporción carga/deflexión, pero no incrementan el rango de trabajo



Efectos de la preactivación en las ansas
Los momentos o las tendencias a la rotación en los dos extremos de las ansas se predeterminan según la magnitud de los dobleces de preactivación. Lo ideal es encontrar la relación de momento y de fuerza óptima para cada movimiento.
- M/F = 2:1 – Inclinación no controlada de la corona y de la raíz.
- M/F = 7:1 – Inclinación controlada de la corona.
- M/F = 10:1 – Movimiento en cuerpo.
- M/F = 12:1 – Torque de la raíz.


Diferencias entre las ansas abiertas
y las cerradas
Las ansas cerradas tienen mayor rango de activación que las abiertas, ya que tienen más alambre y la activación es mayor en la dirección del último doblez.


El principio de "Bauschinger"
La deformación de un metal, en cierta dirección, mejora las propiedades para traccionarlo en la dirección en que se hace la deformación, pero no mejora las propiedades mecánicas para hacer compresión en la dirección citada. Quiere decir, que un ansa cerrada cuando se activa cerrándose es mucho más estable y se deforma menos que un ansa abierta que se activa abriéndose


Momentos diferenciales
En el cierre de espacios, en masa, en las mecánicas sin fricción se utilizan ansas verticales en alambres rectangulares de 0.017 x 0.025 que deben ser preactivadas para producir dos momentos diferentes: uno anterior llamado alfa y otro posterior al espacio de extracción llamado beta. Las posibilidades para cerrar los espacios dejados por las extracciones de los dientes permanentes permiten, al ortodoncista, tres alternativas que son:

1. Retracción del segmento anterior con anclaje máximo posterior.

Preactivaciones de las ansas:


a. Segmento alfa anterior con mínimo anclaje. diez grados en acero o veinte en titanio mo-libdeno. Se produce un momento menor y una ligera extrusión

b. Segmento beta posterior con máximo anclaje.veinte grados en acero o cuarenta en TMA. Momento mayor y ligera intrusión con preparación de anclaje tipo Tweed (Figuras 13-11 y 13-12).

2. Atracción del segmento anterior y el posterior
Preactivaciones de las ansas:
a. Segmento alfa anterior. Quince grados en acero o treinta en TMA. Se produce un momento igual al beta sin efectos verticales, ya que se anulan entre ambos
b. Segmento beta posterior. Quince grados en acero o treinta en TMA. Se produce un momento igual al alfa sin efectos verticales, ya que se anulan entre ambos


Protracción del segmento posterior con anclaje máximo anterior.

Preactivaciones de las ansas:
a. Segmento alfa anterior con máximo anclaje. veinte grados en acero o cuarenta en TMA. Se produce un momento mayor y una ligera intrusión con preparación de anclaje tipo Tweed
b. Segmento beta posterior con mínimo anclaje. Diez grados en acero o veinte en TMA. Se produce un momento menor y una ligera extrusión


Las ansas horizontales
Producen la fuerza en el plano vertical. Se utilizan para hacer movimientos de intrusión o de extrusión. Son altamente efectivas en la fase de alineación de los dientes y van cerradas con los brazos comprimidos.


Tipos de ansas


Las ansas en forma de "T"

Tienen mucho alambre adicional en el plano horizontal, lo que incrementa su resistencia y flexibilidad, reduce las fuerzas y les da un amplio rango de trabajo. Se utilizan para retraer caninos y protraer molares en forma individual y son altamente recomendables para el cierre de espacios en masa por la buena proporción de carga/deflexión que generan


-Se confeccionan en acero inoxidable de 0.017 x 0.025 y se activan un máximo de dos milímetros para producir 450 gramos/milímetro o en TMA y se activan un máximo de cinco milímetros para producir 280 gramos/milímetro

Las ansas horizontales dobles
Son eficientes cuando trabajan en dientes individuales y se usan para extruir o intruir
Las ansas en forma de caja
Están compuestas por brazos verticales y horizontales confeccionados de tal forma que el alambre queda libre y móvil en todos los planos del espacio. Son muy flexibles, tienen un gran rango de trabajo y la magnitud de la fuerza dependerá de la activación oclusogingival o bucolingual

Las ansas en forma de "L"
Se usan cuando se planean movimientos verticales de intrusión o de extrusión. Son muy funcionales para la desinclinación de molares

Las ansas verticales
Producen la fuerza en el plano horizontal. Se utilizan para hacer movimientos bucolinguales y mesiodistales. Son altamente eficientes en la fase de alineación y en la del cierre de espacios en masa de los dientes. Son más efectivas cerradas, con los brazos comprimidos por el principio de Bauschinger .

Las ansas transversales
En este tipo de resortes las espirales están dirigidas en sentido bucolingual.

Las ansas combinadas verticales y horizontales
Son bastante flexibles y con mucho rango de trabajo. Hacen el trabajo vertical y horizontal, ya que tienen mucho alambre.


Las ansas con tope
Se utilizan para mantener el perímetro de los arcos. Chocan contra la cara mesial de los tubos en la parte posterior de los arcos. Cuando se abren avanzan los arcos de alambre y sirven para vestibularizar los incisivos y expandir.

Las ansas en forma de omega
Se usan como ansas de tope o como anclaje para activar otras ansas verticales más grandes en mecánicas de amarrado. El ansa es pequeña, no se activa y se mueve en forma libre en el espacio entre el segundo premolar y el primer molar de cada lado. Se utilizan alambres de ligadura de calibre 0.012 entre el doblez en forma de omega y el gancho del tubo, en ambos lados del arco para las activaciones .


A todas las ansas de alambre, dependiendo de las mecánicas específicas y de las necesidades de anclaje, se les pueden adicionar los siguientes dobleces para evitar efectos secundarios que demoren más el tratamiento de ortodoncia:


Doblez en sentido mesiodistal (tip-back)
Se dobla la porción final de alambre, distal al ansa en omega, para incrementar el anclaje en los molares, ya que las raíces se van hacia mesial como en la preparación de anclaje de Tweed.


Doblez en sentido bucolingual
Se dobla la porción final del alambre en distal del ansa en omega, para contrarrestar el efecto rotacional que tienen las mecánicas de cierre de espacios en masa en la zona posterior de los molares (Figura 13-37).

Ansas y espirales para verticalizar molares
La verticalización de molares inclinados hacia espacios edéntulos en pacientes adultos que van a ser tratados con implantes o prótesis fijas, es un procedimiento cada vez más común en ortodoncia. El plan de tratamiento mecánico individual del paciente determinará si la corona se desplazará hacia distal o si la raíz vendrá hacia mesial, para cerrar en forma definitiva el espacio. En ambos casos se utilizarán sistemas físicos, estáticamente determinados, con una relación de fuerzas y de momentos determinada previamente y con alambres de módulo de elasticidad bajos como el titanio/molibdeno.


Ansas para el cierre de espacios, en masa
Para el cierre de espacio en masa se utiliza una innumerable cantidad de ansas con diferentes formas y tamaños. La calidad y la cantidad de movimiento depende de la relación que hay entre la línea de acción de la fuerza producida por la activación y la distancia al centro de resistencia del grupo de dientes en bloque. La relación que hay entre el momento producido por la fuerza y la magnitud del torque, que genera la torsión del alambre dentro de las ranuras de los brackets para producir la cupla, dará lugar a los siguientes movimientos:
a. Inclinación no controlada de corona y de raíz.
b. Inclinación controlada de la corona.
c. Movimiento en cuerpo.
d. Movimiento de la raíz.


Dobleces de antiinclinación
y de antirrotación predeterminados en las ansas
Cuando se cierran espacios con ansas se producen efectos secundarios que deben ser controlados con los siguientes dobleces confeccionados en los alambres:


El doblez de antiinclinación (anti-tip)
En ansas preactivadas con antiinclinación hay que dejar que actúen y se expresen los momentos y luego se activa el resorte. Esto favorecerá la exactitud y velocidad del movimiento, ya que siempre irán primero las raíces que las coronas.


El doblez de antirrotación
Un efecto secundario no deseado en las mecánicas anteroposteriores es la tendencia a rotar de los segmentos posteriores de los molares en sentido mesiolingual. Por este motivo se tiene que doblar el alambre en sentido linguovestibular para controlar la rotación.


El módulo de elasticidad y la sección transversal de los alambres en la confección de ansas
La primera decisión en la elaboración de ansas es la selección del módulo de elasticidad y el calibre del alambre. El diseño y la forma geométrica dependerán de la necesidad, pero en todo caso, deberán ser resistentes, tener buen rango de trabajo y producir fuerza biológicamente activa. Los brazos activos y flexibles de las ansas absorben y liberan energía sin dañar en forma permanente el resorte, lo que permite volver a cargarlo en las fases de reactivación.


Las ansas en alambre de acero inoxidable
Producen fuerzas muy altas y tienen poco rango de trabajo. Un ansa vertical en forma de gota, de siete milímetros de alta, en alambre rectangular de 0.017 x 0.025, activada un milímetro, produce 400 gramos de fuerza.

Ansas en alambre de titanio/molibdeno
Producen fuerzas bajas y tienen mucho rango de trabajo. Un ansa vertical en forma de gota, de siete milímetros de alta, en alambre rectangular de 0.017 x 0.025, activada tres milímetros, produce 180 gramos de fuerza.


La flexibilidad
El comportamiento de los alambres en la curva carga deflexión define su flexibilidad y su resi-liencia. Ayudan, también, la distancia interbracket y el tamaño de los brackets.


La selección de los alambres
Deben ser resistentes a la corrosión y a la fatiga y ser dúctiles y maleables.


La distancia interbracket
La rigidez de un alambre depende de su longitud; a menor tamaño mayor rigidez. Para disminuir la rigidez en brackets anchos, en donde la distancia interbracket es crítica, se confeccionan ansas para disminuirla.


Alambres de módulo de elasticidad bajo
Las aleaciones de titanio/molibdeno son ideales para la confección de ansas porque tienen las siguientes características:
a. El 50% de la rigidez del acero.
b. Producen poca fuerza.
c. Tienen un rango amplio de trabajo.
d. Producen una proporción de momento y fuerza ideal.


La fuerza
La magnitud de las fuerzas es un elemento muy importante para tener en cuenta en el plan de tratamiento mecánico individualizado de un paciente. Las fuerzas ideales deben ser continuas y biológicamente activas y para lograr este efecto se deben trabajar, con inteligencia, los desempeños de los alambres en la curva carga/deflexión.
- Reduciendo la sección cruzada del alambre, cuando sea necesario.
- Aumentando la distancia interbracket.
- Incorporando ansas en los alambres.
- Usando aleaciones con módulos de elasticidad bajo.


El tamaño de las ansas
Las fuerzas producida por las ansas dependen de muchas variables, entre las que se destacan la fuerza, la dirección de la fuerza, el rango de trabajo, la proporción momento/fuerza, la constancia de la fuerza, el mecanismo de desactivación, el tamaño, el material de fabricación del alambre, la forma geométrica del ansa, la posición dentro del arco y la cantidad de activación.


Arcos segmentarios con ansas
Algunas técnicas utilizan ansas seccionales en la fase de retracción individual de los caninos en cada lado de los arcos. Éstas se deben confeccionar con dobleces de antiinclinación y de antirrotación para evitar, al máximo, los efectos secundarios.


Arcos continuos con ansas
En la actualidad se pueden mover y cerrar, en masa, los seis dientes anteriores hacia los espacios dejados por las extracciones de los primeros premolares permanentes sin necesidad de hacer una fase separada para retraer, en forma individual, los caninos de cada lado.


Sistemas de activación de las ansas
El cinchado (cinch back)
Se dobla el alambre en contra de la parte distal del tubo con un ángulo de 45 a 90o. Es fácil de controlar y se deben activar de igual forma los dos extremos para que no se produzcan desviaciones de las líneas medias dentales .


El amarrado (Tie-back)
Se pone un tope en el alambre anterior al tubo. Este sistema se emplea para evitar los daños y las caídas de los tubos de adhesión directa cuando se retira el arco .
El ideal es activar las ansas en dirección al último doblez para lograr que el rango de activación se aumente al comprimir el ansa juntando los brazos; mientras que un ansa abierta se deforma durante su activación (principio de Bauschinger).